Em países desenvolvidos o coprocessamento já se consolidou, há décadas, como a opção mais segura, vantajosa e sustentável para a destinação adequada dos resíduos industriais.
Isso deve-se, principalmente, ao fato de que a tecnologia do coprocessamento prolonga o ciclo de vida dos resíduos que, em sua etapa final, ainda se transformam numa fonte de energia térmica alternativa.
Ao invés de serem encaminhados a aterros sanitários, ou mesmo descartados nos lixões irregulares, com o coprocessamento os resíduos industriais são triturados e misturados a outros materiais (pneus, solos contaminados, sobras de matérias-primas e outros) para dar origem a um subproduto de grande poder calorífico, o blend, que é utilizado como combustível nos fornos de produção de cimento.
Isto é, para o setor produtivo o coprocessamento – tecnologia de tratamento de resíduos industriais disponível no parque multitecnológico da Nova Ambiental – se caracteriza como uma solução funcional, moderna e “verde”, visto que reduz a massa de rejeitos industriais a cinzas e ainda fornece fonte térmica alternativa em substituição a combustíveis fósseis.
Ao invés de passivo ambiental, Energia e Cimento!
A indústria cimenteira é a grande propulsora do coprocessamento, no Brasil e no mundo. Isso ocorre porque todo o volume de resíduos coprocessados em unidades fabris especializadas (incluindo os resíduos perigosos) é utilizado para impulsionar os fornos das indústrias de cimento.
Segundo dados da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), atualmente o coprocessamento já representa 26% da matriz energética das indústrias cimenteiras, o que denota a importância da tecnologia de tratamento de resíduos.
De acordo com o Panorama do Coprocessamento – Brasil 2022 (ano base 2021), as fábricas de cimento do país coprocessaram 2,408 milhões de toneladas de resíduos no período do levantamento, um crescimento de 25% em comparação a 2020.
No caso das companhias, uma grande variedade de resíduos industriais pode ser utilizada na ‘blendagem’ (coprocessamento). Por exemplo, graxas, escórias, pneus, solventes, lamas siderúrgicas, solos contaminados, resíduos plásticos, oleosos, têxteis, areia de fundição e outros tantos.
Hoje, não há dúvida de que o método de tratamento de resíduos – que foi implantado no Brasil há cerca de 25 anos – é um exemplo de tecnologia de engenharia ambiental 100% alinhada com o conceito da economia circular.
Essa constatação se dá pelo fato do coprocessamento promover a substituição térmica dos combustíveis fósseis por uma fonte energética alternativa, o combustível derivado de resíduos (CDR).
Em números, essa contribuição ambiental representa a redução de 2.281.307 toneladas de gás carbônico (CO2) lançados na atmosfera, de acordo com o Panorama do Coprocessamento – Brasil 2022.
Outra vantagem ecológica desencadeada pelo coprocessamento é a não deterioração de mananciais, solos e áreas verdes, pois os resíduos industriais que poderiam causar danos ambientais são incinerados no processo de fabricação do cimento.
Como enfatiza o presidente da ABCP, Paulo Camillo Penna, o coprocessamento transforma o problema dos resíduos em uma oportunidade de valor.
Coprocessamento: Combustível renovável
O coprocessamento – ou blendagem – é uma atividade bastante difundida e praticada em países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão há quatro décadas, mas só foi introduzida no Brasil nos anos 90.
Basicamente, o método consiste na trituração e mistura de resíduos de diversas fontes industriais: resíduos automotores, químicos, siderúrgicos, petroquímicos, de metalurgia, fábricas de papel e celulose, alumínio, pneus, embalagens e do setor de geração de energia elétrica.
Os restos, rejeitos de materiais inservíveis e sobras de matérias-primas dessas fábricas dão origem a um valioso combustível sustentável, o blend/CDR.
A grande vantagem deste combustível renovável é que ele atua em substituição parcial aos combustíveis fósseis tradicionais. Nas cimenteiras, o CDR alimenta os fornos que transformam calcário e argila em clínquer, a principal matéria-prima do cimento.
“A queima se realiza em condições estritamente controladas, dentro do marco regulador existente, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em 2010”.
(ABCP)
Vantagens do coprocessamento
Para as empresas geradoras de resíduos de interesse ambiental, a atividade do coprocessamento combina inúmeras vantagens como:
- conveniência operacional (queima de grandes quantidades de resíduos industriais)
- segurança para trabalhadores e população no entorno das unidades que realizam o serviço
- destruição total de resíduos perigosos (Classe 1)
- destinação legal dos resíduos industriais
- segurança jurídica (rastreamento 100% documentado)
- preservação de recursos minerais e energéticos
- redução da descarga de resíduos em aterros
- conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
- regulamentação pelo CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), por meio da Resolução Nº 499
- diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE)
- contribuição com a erradicação dos lixões irregulares
- economia de gastos com acondicionamento temporário e transporte para aterros legalizados
Parque Multitecnológico
Instalada no município de Itapevi (SP), a Nova Ambiental é uma empresa com mais de duas décadas de atuação no segmento de serviços de engenharia ambiental, com foco em tratamento e destinação de resíduos perigosos (Classe 1) e Classe 2.
Em seu moderno parque multitecnológico, a Nova Ambiental oferece diferentes soluções/serviços de tratamento para diferentes tipos de resíduos industriais.
Além do coprocessamento, a Nova Ambiental possui um amplo portfólio de serviços de gestão ambiental que garante a nossos clientes agilidade operacional, segurança jurídica e rentabilidade.
Conheça também nossas outras soluções ambientais para a gestão de resíduos industriais:
- Incineração
- Despressurização de aerossóis
- Gestão e tratamento de solos contaminados
- Transporte de resíduos perigosos
- Armazenamento temporário de resíduos
- Manufatura reversa de eletroeletrônicos e outros produtos passíveis de logística reversa
- Descaracterização de resíduos
Conheça também:
Remediação Para Áreas Contaminadas
Consulte a Nova Ambiental!
Fonte das Imagens: Acervo Nova Ambiental