O rastro de danos ambientais deixados por empresas e indústrias é uma questão que, atualmente, preocupa urbanistas e gestores ambientais de todo o mundo.
Isso porque as grandes metrópoles e suas populações convivem diariamente com esse grave problema, que combina locais ociosos e impactos ambientais não resolvidos ao longo de anos, décadas.
Quer dizer, estamos falando de espaços abandonados, improdutivos, degradados e poluídos por companhias que já encerraram suas atividades, faliram ou mudaram de endereço ‘sem deixar a casa em ordem’.
Nesses casos, a maior preocupação é que muitas dessas indústrias deixaram para trás áreas com solos contaminados por produtos químicos, tóxicos, resíduos fabris dispostos de maneira inadequada e outras substâncias que são nocivas à saúde humana e ao meio ambiente.
Hoje, contudo, é cada vez mais crescente o interesse pela restauração dessas antigas áreas produtivas que permanecem contaminadas após o encerramento das mais diversas atividades econômicas.
Em grande parte, tal interesse está ligado ao desejo de muitos empreendimentos de se instalarem nesses locais, que geralmente são estratégicos para seus negócios em termos econômicos, de logística e pela proximidade com o mercado.
Mas também há a motivação ambiental (que visa a correção de impactos causados ao solo e às águas subterrâneas), a busca pela melhoria da qualidade de vida da população do entorno e a importância da melhor ocupação da malha urbana, sem deixar espaços vazios nas cidades.
Nessas circunstâncias, os serviços de remediação ambiental e remoção de solo contaminado de áreas urbanas deterioradas por atividades industriais, ou até mesmo de um posto de combustíveis, são intervenções imprescindíveis.
Principalmente porque garantem a segurança jurídica dos novos empreendimentos, a saúde da comunidade que futuramente vai usufruir o espaço reconfigurado e a preservação de recursos naturais.
Áreas Industriais Degradadas: ‘brownfields’
Nos Estados Unidos, o termo que define esses espaços que já foram ocupados por atividades econômicas, mas que agora se encontram vazios e abandonados, e passíveis de restauração, é “brownfields” (campos marrons).
Para exemplificar, podemos dizer que postos de combustíveis, fábricas de veículos, de produtos têxteis, de químicos, de celulose, armazéns de ferrovias, indústrias siderúrgicas e depósitos de arsenal militar se tornam “brownfields” quando são desativados e seu passivo ambiental é literalmente esquecido.
Cabe explicar que os “brownfields” não são a mesma coisa que os “megasites”, embora os dois termos façam menção a áreas desocupadas com a existência de níveis de poluição e contaminação.
Megasites, porém, dizem respeito a grandes unidades industriais desativadas e altamente contaminadas, cujos problemas são bem mais complexos e se estendem em escalas maiores, causando enormes impactos ambientais, sociais e econômicos a uma determinada comunidade.
No caso dos “brownfields”, os passivos ambientais são menores e limitados e a sua remediação é mais “fácil”, localizada e economicamente viável.
Um estudo realizado por dois pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) – denominado “Requalificação Urbana em Áreas Contaminadas na Cidade de São Paulo” – observou que, em 2010, havia 1.190 “brownfields” registrados junto à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) – órgão responsável pelo mapeamento e monitoramento de processos de restauração desses locais.
Deste total de “brownfields” contabilizados na capital paulista à época, 76,2% estavam contaminados, enquanto que somente 23,8% estavam em processo de reabilitação ambiental ou já haviam sido restaurados.
O referido estudo diagnosticou que a maioria dessas ex-áreas industriais e/ou comerciais degradadas concentrava-se na área central da cidade, que justamente são aquelas que possuem mais infraestrutura urbana – saneamento básico, comércio, empresas, opções de lazer.
Riscos ao Meio Ambiente e à População
Por serem áreas abandonadas, com a presença de elementos e resíduos poluentes e tóxicos, os “brownfields” oferecem grandes riscos ao meio ambiente e às pessoas.
Essa periculosidade está relacionada a vazamentos e derramamentos de produtos químicos e/ou tóxicos, ao manejo e ao armazenamento inadequado de resíduos fabris gerados durante o período de atividade industrial naquela área.
Para o ambiente, os principais danos resultantes desses problemas são a contaminação do solo e da água, tanto aquela presente nos lençóis freáticos quanto a armazenada nos aquíferos (águas subterrâneas).
Em casos mais graves, porém, pode até provocar a degradação de APPs (áreas de preservação permanente) e a contaminação de mananciais que são responsáveis pelo abastecimento hídrico das cidades e seus habitantes.
Além disso, outro grande ônus deixado por indústrias ou instalações comerciais desativadas é o comprometimento da saúde pública.
Como se sabe, pessoas expostas a áreas contaminadas e tóxicas podem desenvolver doenças respiratórias, renais, neurológicas, cardiovasculares e outros males e distúrbios graves, inclusive alguns tipos de cânceres.
Por fim, os “brownfields” também causam a chamada descontinuidade urbana, que pode provocar a desvalorização imobiliária da propriedade e da região em questão, além de fomentar o surgimento de áreas inseguras que, geralmente, se tornam espaços de prostituição e de tráfico e consumo de entorpecentes.
Remediação Ambiental e Remoção de solo contaminado
A Nova Ambiental é uma empresa que trabalha com a oferta de serviços especializados de remediação ambiental e remoção de solo contaminado de áreas urbanas deterioradas, de maneira contínua, por ações industriais ou comerciais.
Atendemos empresas que necessitam lidar com a gestão e a solução de impactos ambientais, a restauração e a regularização de áreas contaminadas e a obtenção de licenças ambientais.
Para todas essas necessidades, a Nova Ambiental disponibiliza os serviços integrados de remoção de solo, tratamento (coprocessamento ou incineração de resíduos) e destinação final ambientalmente adequada.
Essa sequência articulada de procedimentos garante rapidez, eficiência e segurança jurídica às organizações que se deparam com a necessidade de restaurar áreas degradadas para a continuidade de seus negócios.
Entre nossos clientes estão consultorias ambientais, empresas do setor da construção civil (construtoras e incorporadoras) e companhias dos mais variados segmentos de mercado – desde as indústrias de bens de produção, de consumo, até empresas das áreas de saúde e educação.
Os serviços executados pela Nova Ambiental obedecem às diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos/PNRS (Lei Nº 12.305/10), normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), determinações da Cetesb e resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Tudo isso assegura legalidade, agilidade e garantia de qualidade aos serviços de remediação de áreas contaminadas realizados pela Nova Ambiental.
Coprocessamento: Solos Contaminados + Resíduos Industriais
Depois de escavados e retirados dos “brownfields”, os solos contaminados são transportados até a unidade da Nova Ambiental – instalada no município de Itapevi (SP).
Em nossas instalações, esses lotes de terra contaminada são misturados a toneladas de resíduos industriais previamente triturados, formando um subproduto (o ‘blend’) que, posteriormente, será utilizado como fonte de energia alternativa para a produção de cimento.
O coprocessamento é um eficiente e moderno método de tratamento de resíduos, que oferece um kit de benefícios ambientais, técnicos, operacionais e econômicos para os mais diferentes tipos de negócios.
E ao final do processo, a empresa cliente recebe o Certificado de Destinação Final (CDF), documento exigido por órgãos oficiais que atesta a realização do serviço (coprocessamento) e a posterior destinação ambientalmente adequada do solo contaminado.
Sua empresa está envolvida com a remediação e a restauração de áreas contaminadas, visando a expansão de seus negócios? Ótimo, apenas lembre-se que a reincorporação desses imóveis ao tecido urbano deve ser muito cuidadosa, pois requer o ‘know how’ e a atuação de uma empresa altamente capacitada e preparada para essa tarefa.
Conte com a Nova Ambiental!
Fonte das Imagens: Acervo Nova Ambiental